POR: Valerio Neder
FELIPE XIMENES
Tempos atrás, encontrei um velho amigo do alto escalão do esporte nacional, o chamado Cachorro Grande.
Conversamos sobre mil coisas.
Lá pelas tantas ele me disse estar preocupado com o Felipe Ximenes.
Perguntei o motivo.
De uma maneira esquisita - para leigos - ele me disse, parodiando Tom Jobim, que fazer sucesso no Brasil, principalmente em determinadas áreas, é quase um crime, um insulto, gera ciúmes, desconfortos etc. Disse mais.
Que trabalhar com algumas pessoas é uma faca de um gume só: se der errado, ela joga toda a culpa em você; se der certo, ou ela lhe rouba a parcela do sucesso, ou lhe puxa o tapete. Infelizmente, foi o que aconteceu com Felipe.
Há poucos dias, o telefone tocou à noite, era o Felipe. Conversamos.
Há poucos dias, o telefone tocou à noite, era o Felipe. Conversamos.
Ele sabia o tamanho do caldeirão onde havia se metido. Mas tinha planos.
Felipe quer sempre montar uma equipe afinada e trabalhar com um prazo mais longo, o que, no Brasil, e principalmente nos chamados clubes de massa, é tarefa hercúlea, mas possível, e com resultados positivos, basta ver o exemplo do Corinthians(há dois anos, hoje já é outra a realidade): num curto espaço de tempo, mudou a mentalidade, adotou uma postura nova e tornou-se campeão do mundo. Acho que o abacaxi do Flamengo é mais embaixo.
E de quebra tinha que aturar os delírios megalômanos de Luxemburgo.
Não deu. Não tinha como dar certo.
Perde o Flamengo. Perde a nação rubro-negra.
Felipe é, sem dúvida, um dos três melhores diretores de futebol do país, precisa tão somente de tempo para processar o seu trabalho e de uma equipe que comungue dos mesmos ideais.
No país da desgraça pronta, não é fácil, não.
fonte: www.facebook.com/valerio.neder?fref=nf
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