Mauricio de Sousa
Mauricio
de Sousa nasceu no Brasil, numa pequena cidade do estado de São Paulo, chamada
Santa Isabel. Foi em outubro de 1935. Seu pai era o poeta e barbeiro Antônio
Mauricio de Sousa. A mãe, Petronilha Araújo de Sousa, poetisa.
Com poucos
meses, Mauricio foi levado pela família para a vizinha cidade de Mogi das
Cruzes, onde passou parte da infância. Outra parte foi vivida em São Paulo,
onde seu pai trabalhou em estações de rádio algumas vezes. Suas primeiras aulas
foram no externato São Franciso, ao lado da Faculdade, no centro de São Paulo.
Mas depois continuou estudos no primário e no ginásio, dividindo-se entre as
duas cidades.
Enquanto
estudava, trabalhou em rádio, no interior, onde também ensaiou números de canto
e dança. E, para ajudar no orçamento doméstico, desenhava cartazes e pôsteres.
Mas seu sonho era se dedicar ao desenho profissionalmente. Chegou a fazer
ilustrações para os jornais de Mogi. Mas queria desenvolver técnica e arte.
Para isso, precisava procurar os grandes centros, onde editoras e jornais
pudessem se interessar pelo seu trabalho. Pegou amostras do que já tinha feito
e publicado e dirigiu-se para São Paulo em busca de emprego. Não conseguiu. Mas
havia uma vaga de repórter policial no jornal Folha da Manhã. E Mauricio fez um
teste para ocupar a vaga. E passou.
Ficou 5
anos escrevendo reportagens policiais. Mas chegou um tempo em que tinha que
decidir entre a polícia e a arte. Ficou com a velha paixão. Criou uma série de
tiras em quadrinhos com um cãozinho e seu dono - Bidu e Franjinha - e ofereceu
o material para os redatores da Folha. As historietas foram aceitas, o
jornalismo perdeu um repórter policial e ganhou um desenhista. Essa passagem
deu-se em 1959. Nos anos seguintes, Mauricio criaria outras tiras de jornal -
Cebolinha, Piteco, Chico Bento, Penadinho - e páginas tipo tablóide para
publicação semanal - Horácio, Raposão, Astronauta - que invadiram dezenas de
publicações durante 10 anos. Para a distribuição desse material, Mauricio criou
um serviço de redistribuição que atingiu mais de 200 jornais ao fim de uma
década. Daí chegou o tempo das revistas de banca.
Foi em 1970, quando Mônica foi lançada já com
tiragem de 200 mil exemplares. Foi seguida, 2 anos depois, pela revista
Cebolinha e nos anos seguintes pelas publicações do Chico Bento, Cascão,
Magali, Pelezinho e outras. Durante esses anos todos, Mauricio desenvolveu um
sistema de trabalho em equipe que possibilitou, também, sua entrada no
licenciamento de produtos. Seus trabalhos começaram a ser conhecidos no
exterior e em diversos países surgiram revistas com a Turma da Mônica.
Mas
chegou a década de 80 e a invasão dos desenhos animados japoneses. Maurício
ainda não tinha desenhos para televisão. E perdeu mercados. Resolveu enfrentar
o desafio e abriu um estúdio de animação - a Black & White - com mais de 70
artistas realizando 8 longas-metragens. Estava se preparando para a volta aos
mercados perdidos, mas não contava com as dificuldades políticas e econômicas
do país. A inflação impedia projetos a longo prazo (como têm que ser as
produções de filmes sofisticados como as animações), a bilheteria em controle
dos cinemas que fazia evaporar quase 100% da receita, e o pior: a lei de
reserva de mercado da informática, que nos impedia o acesso à tecnologia de ponta
necessária para a animação moderna.Mauricio, então, parou com o desenho animado
e concentrou-se somente nas histórias em quadrinhos e seu merchandising, até
que a situação se normalizasse. O que está ocorrendo agora.
Mauricio montou uma grande equipe de desenhistas e
roteiristas e depois de algum tempo passou a desenhar somente as histórias de
Horácio, o dinossauro.
Pai de dez filhos, além de criar personagens
baseados em seus amigos de infância, Mauricio sempre criou personagens baseados
em seus filhos, tais como: Mônica, Magali, Marina, Maria Cebolinha, Nimbus, Do
Contra, Vanda, Valéria e Dr. Spada.
Os quadrinhos de Mauricio de Sousa têm fama
internacional, tendo sido adaptados para o cinema, para a televisão e para os
vídeo-games, além de terem sido licenciados para comércio em uma série de
produtos com a marca das personagens. Há inclusive o parque temático da Turma
da Mônica, o Parque da Mônica, localizado em São Paulo. Já existiu também o
Parque da Mônica de Curitiba, aberto em 1998 e fechado em 2000 e o do Rio de
Janeiro, fechado no início de 2005.
As revistas de Mauricio foram publicadas na editora
Abril, porém a partir de janeiro de 1987 foram publicadas pela editora Globo,
em conjunto com os estúdios Mauricio de Sousa. Após vinte anos de editora
Globo, todos os títulos da Turma da Mônica passaram, a partir de janeiro de
2007, para a multinacional Panini, que detinha, na data, os direitos das
publicações dos super-heróis da Marvel e DC Comics.
Alguns de seus filhos que viraram personagens
passaram a trabalhar com Mauricio:
Mônica: Responsável pela divisão comercial de
alimentos e produtos licenciados.
Magali: Colabora como roteirista.
Marina: Ajuda na criação de novas histórias.
Em 2007 Maurício de Sousa foi homenageado pela
escola de samba Unidos do Peruche com o enredo "Com Mauricio de Sousa a
Unidos do Peruche abre alas, abre livros, abre mentes e faz sonhar".
A Turma da Mônica e todos os demais personagens
criados por Mauricio de Sousa estão aí, mais fortes do que nunca, com um tipo
de mensagem carinhosa, alegre, descontraída, dirigida às crianças e aos adultos
de todo o mundo que tenham alguns minutos para sorrir, felizes.
FONTE: GOOGLE
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