sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Zinho vê atraso salarial como ‘normal’ no futebol brasileiro, mas diz: “Não é desculpa”

 Os salários de agosto dos jogadores do Santos ainda não foram pagos pelo clube, que vive uma crise financeira. Ciente do momento pelo qual o Peixe passa, Zinho, gerente de futebol, minimiza a situação. Segundo ele, outras equipes do futebol brasileiro também sofrem para honrar com seus vencimentos, mas isso não alivia a barra dos dirigentes santistas.
 Apesar de entender e ver como “normais” todas as dificuldades, Zinho espera que Odílio Rodrigues cumpra com o combinado e efetue o pagamento dos salários ainda nesta semana, como ficou acertado em uma reunião entre o presidente e os líderes do elenco comandado por Enderson Moreira.

Zinho vê atraso salarial como"normal" no país (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)
Zinho vê atraso salarial como”normal” no país (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)


– O Santos passa por um momento difícil como outros times, também, porque buscamos informações para saber. Todo mundo atravessa um momento financeiro difícil. Não é só o Santos. Mas isso não é desculpa. Os salários têm de estar em dia sempre para que os atletas tenham tranquilidade para trabalhar e arcar com as responsabilidades – disse o gerente.

Zinho afirma que não há nenhum tipo de corpo mole ou descontentamento por parte dos jogadores do Santos, mesmo com os salários atrasados. Há mais de um ano no cargo, o ex-jogador diz que nunca havia passado por essa situação no clube.

– Os jogadores que estão no Santos há muito tempo sabem que a direção do clube cumpre suas obrigações. O problema aconteceu agora, apenas neste mês, esse último salário, porque até então o Santos nunca tinha atrasado um salário. Eu estou aqui há um ano e dois meses e é a primeira vez que temos dificuldades – concluiu.

A pedido do gerente de futebol, Odílio Rodrigues se reuniu com os atletas mais experientes do elenco recentemente e explicou toda a situação pela qual o Peixe passa. Em crise financeira, o clube tem cortado diversos gastos, como as animadoras de torcida e horas extras de funcionários. Além disso, não levou a Santos TV para o jogo contra o Atlético-MG, fora de casa, mas explicou que foi uma decisão “pontual”.

O Alvinegro fechou o primeiro semestre com déficit de cerca de R$ 7 milhões. Sem patrocínio master e com pouco público nos jogos, tanto na Vila Belmiro como no Pacaembu, os santistas sofrem para arrecadar.


Fonte: GloboEsporte.com (Bruno Giufrida colaborou sob supervisão de Juliano Costa)

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