POR: PROF. Ms.EDISON SANTOS
As vezes eu paro fico a pensar de onde que saiu este vicio tão bom que é jogar futebol, apaixonar pela bola e fazer amigos com tanta facilidade como sempre fiz.
Lembro dos meus amigos do bairro e de todas as ruas que passei, lembro da minha primeira bola , também do meu primeiro conga, da minha primeira chuteira, do meu primeiro professor.
Não menino de rua, sim futebol moleque, sem muitas regras, com responsabilidade e respeito com os outros meninos, sentir na pele os sonhos de um menino, na minha infância futebol na rua era maravilha onde cada gol, cada drible , cada roubada de bola era uma vibração, assim era o futebol de rua na minha infância e adolecência.
Das ruas com bola de borracha, bolas de meia, bolas velhas e bolas murchas, as metas eram feitas de tijolos, com chinelos, com camisas e até mesmo com pedaços de madeira, o campo era marcado com tijolos riscando o chão , com cal e até memo com carvão.
O improviso era a nossa arte, fora e dentro do futebol, as brigas sempre se resolvia com sorrisos e amizade..
Da rua para os campinhos de terra foi nescessidade, pela quantidade de jogadores e pela qualidade, e as vezes pela circuntância do barulho nas portas dos vizinhos.
Da rua, do campinho de terra para as quadra , para os campos de futebol de grama foi um sonho, sonhado e realizado com muito esforço e companheirismo.
De sonho em sonho, da criança a juventude o futebol e a bola sempre foi cumplice das minhas tristezas e das minhas alegrias.
Sou um dos pelé's do futebol de rua, da brincadeira, da arte , do improviso, do amigo, da dor, da alegria, da fé , da tristeza , do sonho bem sonhado, do aprendizado na escola da vida, na escola do mundo, na escola da bola, na escola do futebol , na escola do futebol de rua, tendo as calçadas como testemunhas, os dedos como cicatrizes dos chutes e dribles nas pedras, no asfalto ou no chão batido de terra vermelha, misturando o suor e o sangue que corria nos pés descalço, nas canelas descobertas , desprotegidas nos dribles, nas arrancadas e nas divididas de pernas contra pernas sem maldades, com criatividade e destreza que somente a rua nós ensina...
FONTE: O CORAÇÃO DE QUEM FOI UM CAMPEÃO NA ARTE DE JOGAR FUTEBOL DE RUA, OS PELÉ''S DESCALÇO E SEM CAMISAS.
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