quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FUTEBOL : MUNDIAL 2018


Requisitos limitam estádios portugueses, mas há exemplos de flexibilidade


Lisboa, 16 Jan (Lusa) – Os requisitos enviados quinta-feira pela FIFA às filiadas para as candidaturas aos Mundiais de 2018 e 2022 limita o número de estádios que Portugal pode oferecer na iminente candidatura conjunta com Espanha para 2018 se levados à letra.No entanto, se forem tomados em conta os Mundiais de 2006 (disputado na Alemanha), 2010 (a disputar na África do Sul) e 2014 (Brasil), os números mostram que a FIFA tem alguma flexibilidade nos requisitos apresentados quinta-feira.
Se efectivamente, e como consta na notificação da FIFA, só estádios com capacidade igual ou superior a 40.000 lugares poderão servir um Mundial, com a exigência a duplicar para a fasquia dos 80.000 nos casos dos jogos de abertura e final.-
Caso os requisitos forem levados à letra, só a Luz (65.000), Alvalade (52.000) e Dragão (52.000) têm capacidade para figurar na candidatura ibérica, ficando os três excluídos para os jogos de abertura e final.
A Federação Portuguesa de Futebol não comenta para já estes números, remetendo mais esclarecimentos para segunda-feira, depois do encontro, em Lisboa, entre os presidentes das federações portuguesa, Gilberto Madaíl, e espanhol, Angel Maria Villar.
Também contactada pela Agência Lusa, a FIFA “não faz comentários adicionais para além do que está explicado na circular enviada a todas as federações”, recusando esclarecer se as limitações podem merecer alguma flexibilidade de futuro.
No entanto, em 2006, nenhum dos 12 estádios que serviram o Mundial da Alemanha tinham capacidade igual ou superior a 80.000 lugares. O Allianz Arena, em Munique, alberga praticamente a mesma capacidade do Estádio da Luz (66.000) e foi o escolhido para acolher o jogo de abertura, entre a Alemanha e a Costa Rica.
O Estádio Olímpico de Berlim comporta um total de 76.000 lugares, mas na final entre a Itália e a França, e segundo os números oficiais de FIFA, só teve 69.000 espectadores.
O Mundial da África do Sul, no próximo ano, apenas um dos 10 estádios (os requisitos enviados quinta-feira falam de “aproximadamente 12″) tem capacidade superior a 80.000 lugares, o Soccer City de Joanesburgo (94.700), que será efectivamente palco do primeiro jogo e da final.
Numa comparação com as infra-estruturas oferecidas pela organização sul-africana e respectiva calendarização para 2010, Portugal teria capacidade para receber cinco jogos dos oitavos-de-final e dois dos quartos-de-final, bem como o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares, marcado para o Estádio Nelson Mandela (49.000 lugares).
Quanto ao Mundial de 2014, ainda não estão definidas as 12 sedes, processo que deverá ficar concluído em Março, mas entre as 18 candidatas, apenas uma oferece um estádio com capacidade igual ou superior à barreira das 80.000 cadeiras, o Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
O mítico recinto carioca pode actualmente acolher cerca de 90.000 espectadores (quando já teve capacidade para 200.000), mas irá sofrer obras de remodelação que reduzirão inclusive a capacidade para pouco mais de 86.000 pessoas.
De resto, nenhum outro dos 18 candidatos às 12 vagas contempla o requisito da FIFA para os jogos de abertura e final, e apenas dois superam o “recordista” português Estádio da Luz, depois de concluídas as necessárias obras de remodelação: Mineirão (74.300), em Minas Gerais, e o Estádio Mané Garrincha (76.200), na capital Brasília.
Todas as filiadas interessadas em organizar os Mundiais de 2018 e 2022 têm de manifestar essa intenção até ao próximo dia 02 de Fevereiro. Depois arrasta-se um longo processo de quase dois anos, estando marcado o anúncio dos vencedores para Dezembro de 2010.

FONTE: JORNAL DIGITAL - SER FRANCO

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