quinta-feira, 21 de março de 2013

VOLEIBOL





A ORIGEM 

O voleibol foi inventado em 9 de Fevereiro de 1895 por William George Morgan nos Estados Unidos da América. O objetivo de Morgan, que trabalhava na ACM ( Associação Cristã de Moços) de Holyoke no Massachusetts, era criar um desporto de equipas sem contacto físico entre os adversários de modo a minimizar os riscos de lesão. Inicialmente o desporto era jogado com uma câmara da bola de basquetebol e foi chamado Mintonette, mas rapidamente ganhou popularidade com o nome de volleyball.

Em 1947 foi fundada a Fédération Internationale de Volleyball (FIVB). Dois anos mais tarde, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial da modalidade, apenas para homens; em 1952, o evento foi estendido também ao voleibol feminino. Em 1964 o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos, tendo-se mantido até à atualidade.
As partidas de voleibol são formadas por duas equipes. O campo mede 18m de comprimento por 9 de largura, e é dividido por uma linha central em dois quadrados com lados de nove metros que constituem as quadras de cada time. O objetivo principal é conquistar pontos fazendo a bola encostar na quadra adversária ou sair para fora da área de jogo após ter sido tocada por um oponente.

Acima da linha central, é postada uma rede de material sintético a uma altura de 2,43m para homens ou 2,24m para mulheres (no caso de competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez dividida em duas áreas de tamanhos diferentes (usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma linha que se localiza, em cada lado, a três metros da rede ("linha de 3 metros").


No voleibol, todas as linhas delimitadoras são consideradas parte integrante do campo. Deste modo, uma bola que toca a linha é considerada "dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.


A bola empregada nas partidas de voleibol é composta de couro ou couro sintético e mede aproximadamente 65cm de perímetro. Ela pesa em torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido a uma pressão de 0,30 kg/cm².

O Jogo

O voleibol é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos. Deve haver também uma diferença de no mínimo dois pontos com relação ao placar do adversário - caso contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja atingida. O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets. Como o jogo termina quando um time completa três sets vencidos, cada partida de voleibol dura no máximo cinco sets. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de tie-break e termina quando um dos times atinge a marca de 15, e não 25 pontos. Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de dois pontos com relação ao placar do adversário.

Cada equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão atuando na quadra e seis permanecem no banco na qualidade de reservas. As substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo seis por set, e cada jogador só pode ser substituído uma única vez, devendo necessariamente retornar à quadra para ocupar a posição daquele que tomara originalmente o seu lugar. Os seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra do seguinte modo. No sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede, e três mais próximos do fundo; e, no sentido da largura, dois estão mais próximos da lateral esquerda; dois , do centro da quadra; e dois, da lateral direita. Estas posições são identificadas por números: com o observador postado frente à rede, aquela que se localiza no fundo à direita recebe o número 1, e as outras se seguem em ordem crescente conforme o sentido anti-horário.

No início de cada set, o jogador que ocupa a posição 1 realiza o saque, i.e., acerta a bola com a mão tencionando fazê-la atravessar o espaço aéreo delimitado pelas duas antenas e aterrissar na quadra adversária. Os oponentes devem então fazer a bola retornar tocando-a no máximo três vezes, e evitando que o mesmo jogador toque-a por duas vezes consecutivas.

O primeiro contato com a bola após o saque é denominado recepção ou passe, e seu objetivo primordial é evitar que ela atinja uma área válida do campo. Segue-se então usualmente o levantamento, que procura colocar a bola no ar de modo a permitir que um terceiro jogador realize o ataque, ou seja, acerte-a de forma a fazê-la aterrissar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto. No momento em que o time adversário vai atacar, os jogadores que ocupam as posições 2, 3 e 4 podem saltar e estender os braços, numa tentativa de impedir ou dificultar a passagem da bola por sobre a rede. Este movimento é denominado bloqueio, e não é permitido para os outros três atletas que compõem o restante da equipe.

Em termos técnicos, os jogadores que ocupam as posições 1, 5 e 6 só podem acertar a bola acima da altura da rede em direção à quadra adversária se estiverem no "fundo" de sua própria quadra. Por esta razão, não só o bloqueio torna-se impossível, como restrições adicionais se aplicam ao ataque. Para atacar do fundo, o  atleta deve saltar sem tocar com os pés na linha de três metros ou na área por ela delimitada; o contato posterior com a bola, contudo, pode ocorrer no espaço aéreo frontal.

Após o ataque adversário, o time procura interceptar a trajetória da bola com os braços ou com outras partes do corpo para evitar que ela aterrisse na quadra. Se obtém sucesso, diz-se que foi feita uma defesa, e seguem-se novos levantamento e ataque. O jogo continua até que uma das equipes cometa um erro ou consiga fazer a bola tocar o campo do lado oponente.

Se o time que conquistou o ponto não foi o mesmo que havia sacado, os jogadores devem deslocar-se em sentido horário, passando a ocupar a próxima posição de número inferior à sua na quadra (ou a posição 6, no caso do atleta que ocupava a posição 1). Este movimento é denominado rodízio.

Líbero
O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais freqüência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. Esta função foi introduzida pela FIVB em 1998, com o propósito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplica exclusivamente a este jogador.

O líbero deve utilizar uniforme diferente dos demais, não pode ser capitão do time, nem atacar, bloquear ou sacar. Quando a bola não está em jogo, ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notificação prévia aos árbitros, e suas substituições não contam para o limite que é concedido por set a cada técnico.

Por fim, o líbero só pode realizar levantamentos de toque do fundo da quadra. Caso esteja pisando sobre a linha de três metros ou sobre a área por ela delimitada, deverá exercitar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque deverá ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede

Pontos
Existem basicamente duas formas de marcar pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola aterrisar sobre a quadra adversária como resultado de um ataque, de um bloqueio bem sucedido ou, mais raramente, de um saque que não foi corretamente recebido. A segunda ocorre quando o time adversário comete um erro ou uma falta.

Diversas situações são consideradas erros:
A bola toca em qualquer lugar exceto em um dos doze atletas que estão em quadra, na rede ou no campo válido de jogo ("bola fora").

· O jogador toca consecutivamente duas vezes na bola ("dois toques").
· O jogador empurra a bola, ao invés de acertá-la. Este movimento é denominado "carregar".
· A bola é tocada mais de três vezes antes de retornar para o campo adversário.
· A bola toca a antena, ou passa sobre ou por fora da antena em direção à quadra adversária.
O jogador encosta na rede com qualquer parte do corpo exceto os cabelos.
· Um jogador que está no fundo da quadra realiza um bloqueio.
· Um jogador que está no fundo da quadra pisa na linha de três metros ou na área frontal antes de fazer contato com a bola acima do bordo superior da rede ("invasão do fundo").
· Postado dentro da zona de ataque da quadra ou tocando a linha de três metros, o líbero realiza um levantamento de toque que é posteriormente atacado acima da altura da rede.
· O jogador bloqueia o saque adversário.
· O jogador está fora de posição no momento do saque.
· O jogador saca quando não está na posição 1.
· O jogador toca a bola no espaço aéreo acima da quadra adversária em uma situação que não se configura como um bloqueio ("invasão por cima").
· O jogador toca a quadra adversária por baixo da rede com qualquer parte do corpo exceto as mãos ou os pés ("invasão por baixo").
· O jogador leva mais de oito segundos para sacar
· No momento do saque, o jogador pisa na linha de fundo ou na quadra antes de fazer contato com a bola.
· No momento do saque, os jogadores que estão na rede pulam e/ou erguem os braços, com o intuito de esconder a trajetória da bola dos adversários.
Os "dois toques" são permitidos no primeiro contato do time com a bola, desde que ocorram em uma "ação simultânea" - a interpretação do que é ou não "simultâneo" fica a cargo do juiz.

A não ser no bloqueio. O toque da bola no bloqueio não é contabilizado.
A invasão por baixo de mãos e pés é permitida apenas se uma parte dos membros permanecerem em contato com a linha central.

Os Fundamentos

Saque ou Serviço

O saque ou serviço marca o início de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrisar na quadra adversária. Seu principal objetivo consiste em dificultar a recepção de seu oponente controlando a aceleração e a trajetória da bola.

Um saque que não consegue ser corretamente recebido - seja porque a bola aterrissa diretamente sobre a quadra, seja porque sai para fora da área de jogo após ser tocada pelo adversário - é denominado em voleibol "ace", assim como em outros esportes tais como o tênis.

No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:

Saque por baixo ou por cima: indica a forma como o saque é realizado, ou seja, se o jogador acerta a bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro lança-a no ar para depois acertá-la acima do nível do ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente considerada muito fácil, e por esta razão esta técnica não é mais  utilizada em competições de alto nível.

Jornada nas Estrelas: um tipo específico de saque por baixo, em que a bola é acertada de forma a atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O aumento no raio da parábola descrito pela trajetória faz com que a bola desça quase em linha reta, e em velocidades da ordem de 70km/h. Popularizado na década de 1980 pela equipe brasileira, especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais empregado em competições internacionais.

Saque com efeito: denominado em inglês "spin serve", trata-se de um saque em que a bola ganha velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-la, graças a um efeito produzido dobrando-se o pulso no momento do contato.

Saque flutuante ou Saque sem peso: saque em que a bola é tocada apenas de leve no momento de contato, o que faz com que ela perca velocidade repentinamente e sua trajetória se torne imprevisível.

Viagem ao Fundo do Mar: saque em que o jogador lança a bola, faz a aproximação em passadas como no momento do ataque, e acerta-a com força em direção à quadra adversária. Supõe-se que este saque já existisse desde a década de 1960, e tenha chegado ao Brasil pelas mãos do jogador Feitosa. De todo modo, ele só se tornou popular a partir da segunda metade dos anos 80.

Saque oriental: o jogador posta-se na linha de fundo de perfil para a quadra, lança a bola no ar e acerta-a com um movimento circular do braço oposto. O nome deste saque provém do fato de que seu uso contemporâneo restringe-se a algumas equipes de voleibol feminino da Ásia.

Passe
Também chamado recepção, o passe é o primeiro contato com a bola por parte do time que não está sacando e consiste, em última análise, em tentiva de evitar que a bola toque a sua quadra, o que permitiria que o adversário marcasse um ponto. Além disso, o principal objetivo deste fundamento é controlar a bola de forma a fazê-la chegar rapidamente e em boas condições nas mãos do levantador, para que este seja capaz de preparar uma jogada ofensiva.

O fundamento passe envolve basicamente duas técnicas específicas: a "manchete", em que o jogador empurra a bola com a parte interna dos braços esticados, usualmente com as pernas flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque", em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos acima da cabeça.

Quando, por uma falha de passe, a bola não permanece na quadra do jogador que está na recepção, mas atravessa por cima da rede em direção à quadra da equipe adversária, diz-se que esta recebeu uma "bola de graça".

Levantamento
O levantamento é normalmente o segundo contato de um time com a bola. Seu principal objetivo consiste em posicioná-la de forma a permitir uma ação ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque. A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pelo forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo só é utilizado quando o passe está tão baixo que não permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras são mais restritas no que diz respeito à  infração de "carregar".

Também costuma-se utilizar o termo "levantamento de costas", em referência à situação em que a bola é lançada na direção oposta àquela para a qual o levantador está olhando. Quando o jogador não levanta a bola para ser atacada por um de seus companheiros de equipe, mas decide lançá-la diretamente em direção à quadra adversária numa tentativa de conquistar o ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de segunda".

Bloqueio
Bloqueio triplo

O bloqueio refere-se às ações executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal da quadra (posições 2-4) e que têm por objetivo impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária. Elas consistem, em geral, em estender os braços acima do nível da rede com o propósito de interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.

Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que os jogadores têm por objetivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar, estender os braços para dentro do espaço aéreo acima da quadra adversária e manter as mãos viradas em torno de 45-60° em direção ao punho. Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado, em que bola é  direcionada diretamente para baixo em uma trajetória praticamente ortogonal em relação ao solo, é denominado "toco".

Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração dos braços na quadra adversária, e procura manter as palmas das mãos voltadas em direção à sua própria quadra.

O bloqueio também é classificado, de acordo com o número de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".

Defesa
A defesa consiste em um conjunto de técnicas que têm por objetivo evitar que a bola toque a quadra após o ataque adversário. Além da manchete e do toque, já discutidos nas seções relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas das ações específicas que se aplicam a este fundamento são:

Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o movimento sob o próprio abdômen.

Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o próprio corpo após ter feito contato com a bola. Esta técnica é utilizada, especialmente, para minimizar a possibilidade de contusões após a queda que é resultado da força com que uma bola fora cortada pelo adversário.

Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Este técnica é empregada, especialmente, para interceptar a trajetória de bolas que se encontram a uma altura que não permite o emprego da manchete, mas para as quais o uso do toque não é adequado, pois a velocidade é grande demais para a correta manipulação com as pontas dos dedos.

CHEGADA DO VÔLEI NO BRASIL

A introdução e expansão do voleibol no Brasil estão diretamente relacionadas a ACM. 
Os escritos revelam incerteza quanto à data de chegada do voleibol no Brasil, alguns dizem ser em 1915 (Pernambuco) e outros em 1916/1917 (São Paulo). Felizmente ao longo dos anos e através de sua divulgação, passa a ser praticado em outras instituições em diferentes Estados brasileiros.

Em 1944 é realizado o primeiro campeonato brasileiro, participando seis equipes masculinas e femininas. Minas Gerais vence no feminino e São Paulo no masculino. A fundação da Confederação Brasileira de Volley-Ball acontece em 16 de agosto de 1954, assumindo a partir desta data a direção do voleibol brasileiro. Seu primeiro presidente foi Denis Hattaway. Até então a Confederação Brasileira de desportos (CBD) era a responsável pelos destinos desta modalidade esportiva.

O voleibol nacional viveu um período de grandes dificuldades para ter sua ascensão, pois se caracterizava como uma modalidade extremamente amadorista e isto, dentre outros fatores, repercutia de forma limitadora para a participação dos atletas em competições regionais, nacionais e internacionais, pois implicava no afastamento das atividades profissionais e/ou estudantis, já que não havia até aquela data nenhuma lei ou incentivo que abonasse o afastamento de atletas para participar de competições. Embora com estas dificuldades, o Brasil encontrou soluções para organizar sua representação e participar  da estréia do voleibol nos Jogos Olímpicos realizados no Japão em 1964.
A aceitação do voleibol como esporte olímpico em 1964
contribuiu para a unificação das regras e tornou as disputas mais competitivas, impulsionando seu rápido desenvolvimento técnico-tático. Apesar da participação do Brasil em algumas competições internacionais, o voleibol ainda apresentava um estágio de desenvolvimento embrionário. Novas medidas administrativas foram necessárias para superar está fase inicial. 
Era preciso qualificar as comissões técnicas e implantar projetos, visando a popularização do voleibol brasileiro. A grande escalada do voleibol brasileiro começa na metade dos anos setenta. A CBV com o apoio de algumas Federações Estaduais inicia o investimento na formação de técnicos e atletas, promovendo cursos ministrados por importantes técnicos de países com estrutura mais avançada que o nosso país. Entramos deste modo, na fase de intercâmbio com Clubes e Seleções de outros países, sediando várias competições de caráter internacional em alguns estados brasileiros. Este intercâmbio propiciou o interesse do público e isto resultou num marco histórico da trajetória do nosso voleibol, ou seja, a transmissão dos jogos pela televisão, concretizando um sonho tão desejado pela comunidade do voleibol nacional. O evento da televisão desencadeou de forma extraordinária a aproximação das empresas que passaram a investir como patrocinadoras, surgindo então o início da profissionalização do voleibol brasileiro.

Após períodos de grandes dificuldades, a década de 80 marca uma nova fase, sendo considerada a etapa decisiva, podendo-se agora conceituar o voleibol brasileiro em antes e depois de 80. É o inicio de uma nova estrutura e do ingresso, em função de resultados obtidos, no cenário internacional. Em 1981 a Seleção Juvenil masculina conquista a medalha de prata nos Estados Unidos. Em 82 o Brasil é sede do Mundialito Adulto masculino e vence a Rússia, até então uma equipe imbatível. Ainda neste ano o mesmo grupo, de forma extraordinária, obtém o reconhecimento internacional ao tornar-se vice-campeão mundial, em competição realizada na Argentina. É o início e a consagração da denominada geração de prata. Nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, o voleibol masculino reafirma sua ascensão quando em uma empolgante campanha faz a final Olímpica com os EUA e é medalha de prata.
O voleibol então alcança altos índices de popularidade e os jogadores tornam-se ídolos esportivos. Este contexto favoreceu a obtenção do apoio financeiro necessário às equipes adultas nacionais, que tempos depois se estendeu também para as categorias de base. A renovação do voleibol brasileiro contou com o patrocínio da iniciativa privada e de alguns órgãos governamentais, caracterizando bem sucedidas ações de marketing esportivo.
Como conseqüência destas ações administrativas da CBV e das Federações, o voleibol brasileiro aparece entre as quatro melhores seleções do mundo na década de 90. A Seleção masculina é ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona e a feminina obtém um extraordinário 4º lugar na mesma competição. No ano seguinte, o voleibol brasileiro continua surpreendendo o mundo ao vencer a Liga Mundial Masculina rompendo com a hegemonia dos italianos. Da mesma forma o voleibol feminino venceu o Grand Prix em 1994, medalha de bronze nos Jogos de Atlanta (1996) e uma histórica dobradinha na 1ª edição do vôlei de praia em Olimpíadas, somos ouro e prata. Já na edição Olímpica de Sidney (2000) fomos prata no feminino de quadra, na praia ganhamos prata no masculino e prata e bronze no feminino.
O voleibol nacional atinge maturidade e passa a ser um vencedor internacional em todas as categorias e nas diversas competições que participa. As equipes infanto-juvenis e juvenis (masc. e fem.) mantêm atualmente não apenas a supremacia Sul-americana, como a hegemonia nos mundiais da categoria. A seleção adulta masculina tem apresentado um alto padrão de rendimento sendo a atual campeã mundial e tetracampeã da Liga Mundial. A seleção adulta feminina tem apresentado bons resultados nos últimos mundiais e é a atual tetracampeã do Grand Prix, que corresponde a Liga mundial masculina.
O voleibol tornou-se um fenômeno esportivo marcante no cenário brasileiro. Desponta no novo milênio, como o único esporte que disputou todas as Copas do Mundo, além do futebol e, participou de todas as edições dos Jogos Olímpicos com a equipe masculina de voleibol. Em função da evolução técnica das equipes nacionais acena-se para o surgimento de uma "Escola Brasileira de Voleibol". O trabalho regionalizado desenvolvido pelas Federações Esportivas em parceria com a CBV foi fundamental para o reconhecimento internacional do voleibol brasileiro.
O ápice desta extraordinária afirmação se concretiza nas Olimpíadas de Atenas (2004), onde o voleibol realizou uma excelente participação e contribuiu decisivamente para que o Brasil tenha alcançado sua maior performance Olímpica, pois nestes jogos conseguimos o maior número de medalhas de ouro. No voleibol feminino de quadra permanecemos no seleto grupo das quatro primeiras equipes do mundo.
Na praia o Brasil consolidou sua supremacia, foi prata no feminino e alcançou o tão desejado ouro no masculino. Por fim, no masculino de quadra, entramos no restrito e invejável grupo mundial: somos bi-olímpicos.

COMO JOGAR VÔLEI


O voleibol é um jogo em que os jogadores usa as mãos para tocar a bola. Porém, não é permitido segura-la ou carrega-la. Controlada apenas por toques das mãos, a bola deve ser lançada para o campo adversário, e vice-versa, por cima da rede que divide os dois campos, até que a bola toque o chão. O jogo inicia com a bola sendo lançada para o campo do adversário por um jogador que se coloca atrás da linha de fundo de seu campo. Este lançamento é chamado saque. No saque a bola deve ser golpeada.

O objetivo do jogo é fazer com que a bola caia na quadra adversária. Quando a equipe não consegue devolver a bola dentro da área de jogo ( Bola fora), ou quando, utilizando no máximo 3 toques, não consegue devolver a bola para a quadra adversária, um ponto é marcado. Quando a equipe que saca erra, seu adversário adquire o direito de sacar, realizando antes um rodízio de posições dos jogadores. Esta característica torna o Voleibol bastante dinâmico, onde todos devem atuar em todas posições.

Para melhor atingir os objetivos do jogo, é necessário que os atletas de uma equipe passem a bola entre si, utilizando até 3 toques, de modo que abola seja lançada para o campo adversário. A execução correta das técnicas básicas de voleibol garante que estes toques sejam feitos de acordo com o regulamento do jogo.
Uma partida é disputada com 12 jogadores, 6 em cada equipe. Cada equipe deve ser composta por 12 jogadores: 6 que iniciam o jogo ( Titulares ) e 6 jogadores reservas. O Voleibol é jogado em SETS. Quando uma equipe atinge a contagem de 15 pontos, com uma vantagem de pelo menos 2 pontos em relação ao adversário, completa-se um SET. Nas partidas oficiais disputa-se o melhor de 5 SETS.

Fonte: www.geocities.com

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