Por : Marquinhos Xavier
Como é de conhecimento de todos os profissionais envolvidos em
programas de atividade física e condicionamento físico no esporte, seja ele, de
alto rendimento ou apenas na manutenção da forma física do individuo, a
observação de alguns componentes que norteiam a montagem destes programas,
quase sempre estão focados em uma determinada valência física que acaba
complementando o objetivo do trabalho proposto, ou para atender as expectativas
de seus clientes, alunos ou atletas.
Falando mais especificamente sobre os Esportes de Alto
Rendimento e no que tange a Preparação Física dos atletas envolvidos, sabemos
que em quase todos os esportes estão incorporados os elementos de Força,
Resistência, Velocidade, Flexibilidade, Amplitude dos Movimentos, entre outros.
E que exatamente por este motivo é que teremos obrigatoriamente que desenvolver
atividades que contemplem estas necessidades. Mais o que gostaria de chamar a
atenção neste artigo é especificamente ao desempenho e importância das
Capacidades Biomotoras Dominantes, aquelas que realmente atendem as demandas
exigidas pela modalidade em questão.
Todos nos devemos saber que embora todas as valências físicas
são importantes dentro do programa, as valências predominantes devem receber
atenção especial em determinadas fase do treinamento. Quando elaboramos nosso
planejamento quase sempre os dividimos em fases, estas fases nos proporcionam
identificar evoluções, manutenções ou até mesmo estabilidades nas cargas de
treinamento. Estas fases são elaboradas em cima de um calendário esportivo
específico de cada equipe e suas respectivas competições, prioridades e
necessidades.
A divisão destas fases pode ser feita da seguinte forma: Fase
Preparatória, Fase Pré-Competitiva e Fase Competitiva, em alguns casos o
Período de Transição também esta presente neste programa. É dentro de cada uma
destas fases que estão distribuídas as valências físicas e seu grau de
importância naquela etapa do programa, no Futsal, gostaria de destacar algumas
delas que julgo serem fundamentais para superar as altas intensidades impostas
pela modalidade. Independentemente da fase com que ela aparecerá no programa,
elas iram nos seguir durante todo nosso trabalho, a diferença será na forma com
que iremos trabalhá-las, em alguns momentos enfatizando mais o volume, em
outras, muito mais a intensidade.
E é justamente a combinação destas valências que iram nos
proporcionar a conquista de altos níveis de desempenho.
Podemos dizer ainda que dentre estas três valências citadas
acima, a Força e a Velocidade ocupam um papel dominante em nossa modalidade, e
é muito simples entender o por que!
Um combinação dos trabalhos de Força Máxima e Velocidade Máxima
irá resultar em Potência, aumentando assim as taxas de Ativação das Unidades
Motoras, melhorando a performance de nosso atleta, e por sua vez dando-lhe
suporte para realizar movimentos explosivos em curto espaço de tempo,
característico em nossa modalidade.
Segundo (Bompa, 2001), Os exercícios de velocidade maximizam a
rapidez e a alta freqüência. Os de longa distância ou duração melhoram a
resistência. Uma amplitude máxima resulta em um movimento de flexibilidade, e
os movimentos complexos, em coordenação.
Poderemos ter uma gama muito grande de possibilidades e de
melhora do condicionamento físico geral, mais nunca esquecendo que o principal
é saber identificar qual delas é realmente importante para nosso esporte e que
benefícios iram nos proporcionar na medida em que nos aproximamos de uma importante
competição. Esta cada vez mais evidenciada que o treinamento deve imitar e
simular as habilidades esportivas da modalidade, e que gestos ou trabalhos que
não atendam estas necessidades não devem ocupar espaços tão significativos em
nossos programas e planejamentos.
Sendo assim, sugiro que antes de tudo devemos procurar
selecionar os métodos que julgarmos ser os mais importantes e que realmente
sejam aplicados realisticamente nas nossas sessões de treinamento.
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