O CONSELHEIRO ORLANDO ROLLO, PROMETE INVESTIGAÇÃO.
A história não tem cabimento. Não se sustenta por depoimentos, exemplos de outros times ou mesmo na questão lógica. O Santos sempre mostrou, com orgulho, no salão do Conselho Deliberativo, até troféus de pouca relevância, como os do torneio Teresa Herrera. Como deixaria de lado lembranças de sua maior conquista? Outros clubes que chegaram à glória mundial exibem, em museus, as marcas das vitórias intercontinentais. Todos receberam réplicas, menos o Santos?
Mais importante do que isso, há depoimentos de quem viu as taças de 1962 e 1963 dentro do clube durante o período entre 1964 e 2003, quando o ex-presidente Marcelo Teixeira conseguiu o empréstimo do São Paulo para fazer duas cópias e colocá-las no Memorial.
“É algo que precisa ser investigado. Eu mesmo vi um desses troféus na Vila Belmiro. Como podem dizer que nunca existiram?”, reclama Denise Covas, ex-coordenadora do Memorial das Conquistas.
“Eu me lembro bem. Ficavam no conselho, não é? Mas eu não sei o que houve com as taças. Vou procurar saber”, completou o ex-presidente Samir Abdul-Hak (1994-1999).
O próprio Teixeira, que percebeu o problema, admitiu o sumiço. Cabe ao Santos descobrir o que houve com as memórias de suas maiores glórias.
Vice promete investigação no Conselho
Integrantes da mesa do Conselho Deliberativo foram apanhadas de surpresa pelo sumiço das taças. Acreditavam que os exemplares atualmente no Memorial das Conquistas eram os troféus feitos ou recebidos na época da conquista, há quase 50 anos. Prometem tomar medidas para descobrir os culpados.
“As taças são bens inalienáveis do clube. Pelo estatuto, são os bens máximos. Não importa se são os originais ou réplicas da época. São os bens do Santos que deveriam ser guardados com o maior cuidado possível”, reclama o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Orlando Rollo.
Mesmo reconhecendo ser difícil encontrar o responsável após tanto tempo (nem se sabe o ano exato em que aconteceu), ele vê o órgão legislativo com a obrigação de abrir sindicância e investigar. Se possível, encaminhar o assunto para a esfera criminal.
“Vamos investigar e o responsável vai passar por sindicância. Se for associado, cabe a expulsão. Sou favorável a que seja aberto procedimento criminal também”, completa.
Rollo confessa desconfiar de algumas taças em exibição no Memorial. “Sempre achei as nossas Libertadores diferentes das dos outros clubes. Não esperava que isso pudesse ter acontecido com as taças que representam os Mundiais.” Relatos dão conta que os troféus da Libertadores de 1962 e 1963 também desapareceram. Teriam sido encontrados dentro de um banheiro na Vila. A ex-coordenadora do Memorial, Denise Covas, nega essa história.
Outros conselheiros já falam em fazer levantamento de todos os títulos do Alvinegro e conferi-los com os que são exibidos pelo clube atualmente.
Ricardo Saibun/Diário SP
FONTE: BD esportes
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