sábado, 8 de setembro de 2012

Meu voto, minha arma!


POR : Gleid Moreira



"Vender o voto é o mesmo que vender a dignidade."

Em pleno ‘fervo’ da campanha eleitoral, muitos candidatos já não sabem mais para que lado apelar, tudo em busca do tão sonhado voto que o dará o privilégio de usufruir de uma cadeira, seja no Legislativo ou no Executivo. Algumas situações chegam à exaustão pela quantidade excessiva de cartazes, placas, bandeiras, adesivos, street door, perfurate, santinhos que começam a sujar as ruas, isto porque em certos pontos os cabos eleitorais entregam os santinhos e o cidadão, sem paciência de ‘encontrar um cesto de lixo’ e com uma peculiar ‘educação’, os jogam ali mesmo por onde passa, nas ruas e calçadas.

Muitos candidatos já não se preocupam mais nem mesmo em recolher as placas que fazem ‘moradias’ nos canteiros e calçadas, impedindo o livre trânsito de pedestres e prejudicando a visão de motoristas. Tanto, que a própria Justiça Eleitoral resolveu fazer operações para recolher das ruas, as peças de campanha eleitoral daqueles candidatos que deixam, ali, em plena madrugada, o material que acreditam poder arrebanhar votos dos notívagos.

Em apenas três horas de ação, durante a Operação Ciclone, três equipes de servidores da Justiça Eleitoral apreenderam 212 peças de campanha eleitoral, entre cavaletes e placas que estavam nas ruas de Cuiabá. Toda a ação ocorreu entre as 22 horas da quinta-feira (16) e uma hora da madrugada da sexta-feira (17). Imagine se o trabalho se estendesse para os demais bairros e a cidade vizinha (Várzea Grande), provavelmente a quantidade triplicaria ou mais.

Na Cidade Industrial, nem mesmo os trechos ermos escapam desta situação, fato que presenciei por volta de 22horas, no decorrer desta semana, em três diferentes trechos da cidade. Infelizmente, a falta de organização e a ‘certeza’ de uma suposta impunidade ainda faz prevalecer o abuso. E, acreditem ou não, muitas pessoas sentem é aversão a este tipo de campanha.

Como se não bastasse, o mais difícil ainda é ver a insistência de alguns candidatos que, para eles não bastam a poluição visual da cidade e que passa a poluir também as redes sociais, como se tal atitude pudesse nos convencer a lhe ‘dar o tão valioso voto de confiança’. Ora, como cidadã, independente do grau de consciência política, assim como as demais pessoas, acredito que todos querem propostas concisas e de real valor, afinal, papel vai para o lixo e a ação é que perdura. Atitude não custa nada e a palavra de honra não há preço que pague. Portanto, pra quê tanto gasto com impressões e materiais caríssimos que depois não servirão de nada em uma gestão administrativa?

É bom que cada eleitor, a seu modo, comece a refletir sobre todas estas questões e faça valer a “arma que tem nas mãos: o seu voto”, para que mais tarde não tenha que chorar pelo “leite derramado”, ou seja, de colocar políticos despreparados para nos representar. Basta pensar que o poder é NOSSO e não o inverso e o que fazemos é nada mais, nada menos que escolher um LÍDER para fazer valer os nossos direitos, os nossos sonhos e vontades de viver em uma cidade bem administrada, limpa, onde possamos nos orgulhar da Educação e Saúde de qualidade, onde nossos filhos possam ter Lazer e, mais, termos o direito de ir e voltar para casa com a Segurança, digna de qualquer cidadão que trabalha e paga os seus impostos.

Vender o voto é o mesmo que vender a dignidade, portanto, que moral terá um cidadão, de reclamar de seus gestores, depois de barganhar o seu direito de escolha?

Gleid Moreira – Jornalista Diretora de Mídia do Grupo Politeia e escreve aos domingos para o site NO PODER

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