segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Uma receita para 2014

Confira alguns "ingredientes" para a atuação no futebol


Por: Eduardo Barros
eduardo@universidadedofutebol.com.br

Caros leitores,
A busca pela vitória é uma constante em nossa profissão. Neste ambiente, uma sequência de resultados positivos é facilmente esquecida após uma ou outra combinação de reveses. Logo, por uma simples questão de sobrevivência, ter a receita do sucesso pode ser uma grande arma para a indispensável vantagem competitiva e consequente acúmulo de vitórias.
Com o término de 2013 e o início da temporada seguinte, inevitavelmente, nos fazemos diversos questionamentos sobre como pensamos e intervimos no jogo (e no treino) de futebol.
Muitos destes questionamentos referem-se aos incontáveis procedimentos (técnicos, táticos, físicos, psicológicos, de relacionamento, administrativos, etc.) que adotamos ao longo do ano e como agiremos na próxima temporada diante de acontecimentos semelhantes.
Como parte destas reflexões, tendemos a estabelecer uma lista (mental, manual ou digital) com elementos indispensáveis: a plataforma de jogo ideal, a sessão de treino infalível, os comportamentos do Modelo de Jogo que levam as vitórias, a preleção certeira e até os melhores vídeos motivacionais. A partir da combinação destes elementos temos a nossa receita para o sucesso.
Já são mais de 20 anos de envolvimento com a modalidade, 14 anos como atleta e 6 anos como gestor de campo (auxiliar técnico, analista de desempenho ou treinador), e apesar da curta experiência “fora das quatro linhas”, para encerrar o ano, gostaria de compartilhar alguns “ingredientes” da minha receita com vocês:
• Tente ser um exemplo para o seu grupo de jogadores. Suas atitudes valem mais do que qualquer discurso;
• Seu próximo treino deve ser o melhor que já aplicou em toda sua carreira;
• Estude muito. Mesmo sabendo que nenhuma das respostas que procura está pronta em algum livro;
• Livro de Jogos? Evite-o. Você deve elaborar o treino de acordo com a necessidade da equipe e não encaixar um treino nela;
• Cobre, oriente, corrija e mostre caminhos. Lembre-se: você é um educador;
• Não seja amigo de jogador. Boa relação e respeito mútuo podem ser mantidos com a natural relação hierárquica atleta/comissão técnica;
• Integridade e ética. Mesmo que lhe custe a vitória;
• Compartilhe sua opinião e ouça a do outro. A troca de conhecimento o tornará melhor;
• Sinta e viva o jogo que você quer ver sua equipe jogar;
• “Eu venci, nós empatamos e vocês perderam”. A grande receita para o fracasso (Obrigado, Bellão);
• Adapte-se ao ambiente. O seu ritmo (e sua visão) não é o mesmo de todos a sua volta;
• Modifique o ambiente. Seu comportamento tem poder de transformação;
• Seu próximo jogo deve ser o melhor que comandou em toda sua carreira;
• Preleções curtas. Ensinar o que instantes antes da partida?;
• Dê autonomia a sua comissão técnica e demonstre confiança neles. O elenco perceberá! Tanto a confiança, como a falta dela;
• Siga os melhores de sua profissão. A melhor maneira de segui-los? Assista a seus jogos;
• Em alguns momentos, a melhor sessão de treino é uma roda de conversa;
• Conheça-se. É bem provável que você tenha limitações que afetam a equipe;
Seria pretensão afirmar que esta é uma receita de sucesso. São apenas alguns elementos praticados por alguém que está começando e que tem ciência do quão longo é o caminho até ao êxito.
E, para concluir, não é pretensão nenhuma afirmar que um ingrediente básico para toda receita de sucesso é saber que ela está em constante modificação e construção.
Um abraço e um excelente 2014 a todos!

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