Vimos na semana passada os vários motivos que levam o cliente abandonar as academias e um é a falta de entrosamento com o professor de Educação Física, uma das peças mais importantes num programa de qualidade em academia. Embora não exista um estudo fiel a maioria convive com uma rotatividade muito grande. Em alguns casos apenas 30% dos matriculados passam de três meses e 20% completam um ano ou mais. Em quase todas, a lista de ex-alunos é muito superior a de freqüentadores assíduos.
Como é possível construir uma empatia entre cliente e profissional de Educação Física? Claro, depende muito mais do profissional que não é apenas aquele cheio de títulos na parede, mas reúne experiência, capacidade de liderança e principalmente sensibilidade para lidar com as diferentes situações com seus clientes e com isso mantê-los motivados na academia. São muitas as qualidades exigidas, entretanto aqueles que reunirem pelo menos a maioria das doze abaixo poderão crescer na profissão.
Motivação – Se escolheu a profissão certa estará sempre de bem com a vida passando isso para todos. Profissional motivado não perde o cliente de vista. Está sempre procurando saber se ele precisa de ajuda e como anda a busca dos objetivos pessoais. Ao cliente desanimado cabe o elogio certo e sutil. É preciso “tato” para fazer isso.
Atenção – Significa estar atento a tudo e a todos na sala de aula. Alguns clientes são mais tímidos e o profissional deve ter sabedoria para perceber quando um deles precisa de ajuda e tem vergonha de perguntar. A pior situação é vermos profissionais dando atenção apenas “algumas” clientes. Todos estão pagando pelo serviço oferecido pela academia e o profissional é empregado dela.
Estímulo – Algumas pessoas são naturalmente menos perseverante do que outras. Mais uma vez é preciso “tato” do profissional para dar uma injeção de ânimo no cliente, seja modificando o programa e/ou fazendo um planejamento estratégico de comprometimento com ele mesmo.
Exemplo – Já dizia minha avó e a de vocês também: “O exemplo vem de cima”. O profissional não precisa ser um atleta, mas deve se comportar adequadamente à carreira tanto na frente do cliente como longe dele. O profissional de Educação Física está sendo visto e observado por todos e em todo lugar. Todos querem imitá-lo.
Compreensão – Nem todo dia o cliente está a fim de “malhar” forte. O profissional precisa ser bastante esperto para perceber isso. Um bom “papo” ou apenas saber ouvir pode resolver, assim como um alongamento passivo e/ou alguns toques de shiatsu e massagem. O profissional deve sempre fazer cursos que agreguem valor ao seu trabalho.
Paciência – Toda profissão exige essa qualidade. Nem todo cliente sabe mexer naquelas máquinas de musculação. Nem todos “pegam de cara” uma coreografia de step. Nem todos gostam de academia e só se matricularam por recomendação médica. Tem cliente que pergunta a mesma coisa todo dia. Paciência. São “ossos do ofício”. Basta responder de má vontade para ele ir embora e nunca mais voltar.
Dedicação – Só vence em qualquer profissão quem se dedica. A de Educação Física lida com o público e dele depende para sobreviver. Todos nós temos problemas, mas na hora do atendimento o cliente não pode saber e ele está ali para resolver o dele e da melhor forma possível.
Orientação – A execução correta dos exercícios deve ser uma constante. O novato pelos motivos óbvios. O veterano pela tendência a relaxar que é próprio de qualquer cidadão. Logo, o bom profissional nunca descansa.
Amizade – Qualquer trabalho flui melhor quando existe confiança mútua desenvolvida através da amizade. Claro, nem todo cliente é bem humorado e o relacionamento é muito difícil, mas faz parte do ofício tentar conquistá-lo.
Resultados – É isso que o cliente busca. Se não conseguiu de uma forma tente de outra. São inúmeras as opções no campo da saúde. O profissional limitado perde cliente e campo na profissão. Porque alguns vencem e outros não?
Respeito – É o princípio de tudo e educação vem de berço. Respeitar para ser respeitado antes de reclamar da profissão.
Atendimento – Atender bem as pessoas é uma obrigação, mas quem faz isso por prazer cresce na profissão e vive muito mais feliz. Felicidade contagia. Experimente!
A profissão de Educação Física exige uma responsabilidade grande porque cuida de pessoas. Competência gera respeito.
Cartas para: lcmoraes@compuland.com.br - Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529
Para Refletir: Muita gente se acostuma tanto com seus defeitos que acaba achando ser virtudes.
Sobre a Ética – A Educação Física deve ser ministrada num ambiente alegre e saudável. “Chatice” a gente encontra todo dia, no trabalho, na rua e até em algumas famílias.
fonte:http://www.copacabanarunners.net/professor.html