sexta-feira, 15 de abril de 2016

QUEM NUNCA FEZ UM GOL EM UMA PELADA DE FUTEBOL E SAIU CORRENDO GRITANDO É GOL . . . . . É GOOOOOOLLLLL DE PELÉÉÉÉÉ


Por: Prof. Ms.Edison Santos

Quando éramos criança, nós jogávamos as nossas peladas e os nossos horários eram sempre depois da aula, ou depois das tarefas de casa.
Iniciamos os nossos jogos no campinho da rua de cima, como as bolas caiam muito no quintal do seu Vitor, nós mudamos de endereço para a rua de baixo, onde não havia casa e existia lá um barranco, onde fizemos a nossa arquibancada, hoje seria chamada de arquibancada ecológica.

O nosso campinho foi construído em um mutirão abrimos um trilho ou caminho onde passava uma pessoa, Eu tinha mais de oito anos de idade, e lembro que havia a turma de cima e a turma de baixo, que ajudaram na construção do nosso último campinho de terra batida. De lá saiu muitos craques para o futebol amador e profissional, lembro que o nosso campinho era uma descida e quem ganhava o par ou ímpar escolhia jogar para cima, porque para baixo a bola corria de mais e tínhamos que imprimir mais velocidade e atenção para não cair no barranco do lado de baixo.

As metas eram de terrão ou de tijolos, chegamos até a construir um gol caixote de madeira, poste e travessão, no começo eram somente os dois postes, e lá recebíamos equipes de outros bairros vizinhos, e sempre saia um corre, corre e até mesmo uns tapas, mas na maioria das vezes ali éramos felizes e sonhávamos em ser um jogador de futebol.
Quando marcávamos um gol saíamos correndo e gritando gol de Garrincha, de Rivelino, Tostão ou de Pelé, éramos fanáticos no rei, mas não era somente eu que queria ser Pelé, todos queriam ser um grande jogador quando crescesse, e ser sim famoso e conhecido, como o rei do Futebol.

Eu era uma criança, e não Pelé, mas todos os garotos da época gostavam de fazer gol ou uma jogada bonita e falar que era Pelé.
Então nós sentíamos os Pelé’s, mas naquela época os jogadores da Seleção Brasileira, do Santos, Flamengo, Vasco, Atlético Mineiro, Cruzeiro eram menos badalados, hoje não é mas assim, os garotos torcem pelas equipes campeãs e para aqueles jogadores que se destacam, na seleção e no exterior.

Mas a emoção de fazer um gol e sair dando soco no ar gritando é gol de Pelé, esse jeito de comemorar era presente e marca registrada nos nossos gols, lá no campinho.
O nosso campo ecológico onde tínhamos para as nossas peladas mais de cinco times formados cada tarde, ali no nosso campinho nós mandávamos, somente nós sabíamos como jogara ali.
A descida era nossa aliada ali era onde o rei Pelé, era o melhor de todos, ali nós assistimos gols que eram vistos somente na televisão, e outros gols que o rei nunca sonhou em fazer.

Nós jogávamos contra a descida e também podia fazer tabela no barranco, o melhor de todos e que nós menores jogávamos contra rapazes mais velhos que nós, tínhamos nas peladas mais ou menos cinco a seis times de fora, e não podíamos perder se não ficaríamos muito tempo do lado de fora até chegar a nossa vez.
Mas sabíamos fazer jogos de arrepiar, foi assim que começou tudo em nossas vidas, campinho nosso amigo, hoje não tem mais lugar e nem espaços para construir campinhos iguais ao nosso e nem sonhos.

Mas hoje temos as lembranças e as saudades que bate forte no peito, e quando entramos em um estádio de verdade tornamos aquela criança do velho e famoso campinho.
O que muda e a maneira de comemorar os gols, não podemos mais gritar é gol de Pelé, Garrincha, Rivelino, Tostão, Zico ou Pelé, pior ainda, porque nós mudamos muito, a idade chegou e os sonhos ficaram para trás e somente a recordação e os nossos amigos que ficaram.

Quem nunca fez um gol em uma pelada de futebol e saiu correndo, gritando é Gol é gol dos PELÉ’S da vida.

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