segunda-feira, 11 de abril de 2011

FALCÃO O REI DE ROMA RETORNA A SEU SANTUÁRIO

      
   

         
        Rei de Roma. E do Beira-Rio. O que acontecerá nesta segunda-feira, quase às margens do Guaíba, é o reencontro entre um mito e seus admiradores. Paulo Roberto Falcão, o maior jogador da história do Internacional, retorna a seu santuário. Mais de 30 anos depois de deixar o clube para virar lenda também na Itália, o agora treinador mergulha outra vez naquele espaço que é o núcleo de sua relação com o futebol. Falcão está novamente em casa.

      Na prática, Falcão e o Inter nunca se separaram. Elos tornam ídolos e seus clubes quase indissociáveis: Zico no Flamengo, Pelé no Santos, Renato no Grêmio, Falcão no Inter. Neste domingo, pouco antes da goleada de 6 a 2 sobre o Canoas, a torcida ergueu uma faixa: “O time que nunca perdeu”. No centro dela, apareceu uma imagem daquele que era também o centro daquele time. Com Falcão como referência, o Inter foi, em 1979, o único campeão brasileiro invicto.
     O Beira-Rio tem Falcão tatuado em suas paredes. O museu do clube lembra do craque em fotos e vídeos. E o ídolo também aparece nos corredores do estádio. Um deles une os dois vestiários, antes de um dos túneis de acesso ao campo. Ali está, em paineis, a reprodução daquela que talvez seja a jogada mais bonita que o Inter já criou: a troca de passes de cabeça, entre Falcão e Escurinho, que resultou em gol contra o Atlético-MG em 1976. A imagem final é do ex-volante concluindo a gol.
     Torcida lembra Falcão e o 'time que nunca perdeu'
     Falcão treinou o Inter em 1993. Teve resultados discretos em um período de vacas magras para o clube. Pouco depois, mergulhou na carreira de comentarista, interrompida agora para o retorno ao clube do coração dele. Desde que ele deixou de jogar pelo Colorado, em 1980, gerações se sucederam no estádio que criou o Rei de Roma. E mantiveram viva a idolatria a ele.
   Eu me criei aqui. O que sempre escutei é que ele é o maior ídolo do clube – resumiu o atacante Rafael Sobis.
  A gente coloca sempre o ídolo num patamar superior ao das pessoas normais. O Falcão é como Taffarel, Dunga, mas até maior. São pessoas que estiveram na nossa infância. O Falcão já esteve aqui no Inter, já trabalhou aqui, e o pessoal está ansioso com o retorno dele. É sempre bom ter uma referência dentro do clube. É esse o sentimento do torcedor em relação ao Falcão – completou André Döring, ex-goleiro do Inter.
    Falcão esteve presente nos três títulos brasileiros do Inter. Ele deixou o clube em 1980, sem conseguir conquistar uma Libertadores, o grande objetivo que terá agora, como treinador. Sua estreia será no fim de semana, contra o Santa Cruz, pelas quartas de final do returno do Campeonato Gaúcho. O primeiro jogo na competição continental é dentro de oito dias, no Beira-Rio, diante do Emelec, do Equador.
   Até lá, o Inter pretende transformar o ídolo em produto de marketing. A ideia central é aproveitar Falcão para dobrar o número de sócios nos próximos meses – de 100 mil para 200 mil. O processo começa já nesta segunda-feira, com sua apresentação oficial no Beira-Rio, seu santuário, o lar, doce lar de suas melhores memórias.


(Fonte: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)

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