sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Léo Mineiro fala sobre drama familiar e festeja retorno ao Ipatinga


Repórter: Bruno Jackson


O experiente volante garante que está no auge da forma física para a disputa do Módulo II do Mineiro



Lairto Martins

Léo Mineiro: “O que pouco de homem que sou hoje devo ao meu pai”
Caseiro por natureza, o volante Léo Mineiro, de 33 anos, está se sentindo mais em casa do que nunca. Único jogador do atual elenco do Ipatinga natural do município de Ipatinga, ele está treinando no reduto onde iniciou na categoria de base: a antiga Associação Atlética Aciaria, hoje Centro de Treinamento do Tigre.

Léo Mineiro é um dos poucos que não precisa de alojamento. Mora com sua família no bairro Esperança, onde foi criado. Todo fim de ano, para fortalecer ainda mais suas raízes e ajudar os conterrâneos mais carentes, ele realiza um jogo beneficente que reúne outros atletas profissionais com a finalidade de arrecadar alimentos para entidades assistenciais.

No segundo semestre do ano passado, Léo Mineiro atuou pelo recém-fundado Trio Futebol Clube, de Coronel Fabriciano. O clube-empresa disputou o Campeonato Mineiro da Terceira Divisão. “Foi uma experiência boa. Eu tinha proposta do Bragantino, mas optei por ficar mais perto de casa, porque era um momento em que minha família precisava da minha presença, pelo momento que passamos”, diz o jogador.

O momento a que Léo Mineiro se refere é a morte do seu pai, José Félix, mais conhecido como “Rumbudo”, que faleceu em junho de 2013. “Meu pai cuidava das minhas coisas em Ipatinga. Quando ele faleceu, acabei tendo que ficar mais perto dos meus familiares. Meu pai faz uma falta enorme. Todo o exemplo que ele deixou para mim e meus irmãos foi muito importante em nossas vidas”, reconhece.

Léo Mineiro destaca que em sua memória está presente apenas as boas lembranças de tudo que seu pai representou em sua trajetória. “O caráter dele me ensinou muito. Costumo usar uma frase: ‘O pouco de homem que sou hoje devo ao meu pai’. Guardo sempre isso comigo”. 


Carreira

Após se destacar na base da antiga Aciaria, Léo Mineiro, quando tinha 12 anos, se transferiu para a base do Vitória-BA, onde ficou dez anos e se profissionalizou. Depois, passou pelo Figueirense, Criciúma, Guarani, Avaí, Skodaxhant (da Grécia), Caxias-RS, Santo André, Sport e Ipatinga. 

Esta será a terceira passagem de Léo Mineiro pelo Tigre. Na primeira, em 2008, ele acabou não jogando, haja vista que não teve oportunidades com o então técnico Emerson Ávila. Em 2011, na segunda passagem, foi titular por um longo período. Em 2014, será um dos atletas mais experientes do Ipatinga na disputa do Campeonato Mineiro do Módulo II. O Tigre estreia na competição estadual dia 2 de fevereiro, contra o Tricordiano, às 10h, no estádio Elias Arbex, em Três Corações.


Condição física
Léo Mineiro garante que está em boas condições físicas e técnicas para disputar o Módulo II do Mineiro. “Ano passado, pelo Trio, joguei todos os jogos. O time tinha muitos jogadores jovens, que disputaram uma competição como profissional pela primeira vez. Deu para eu pegar um preparo físico muito bom, que me garantiu uma condição física boa nessa pré-temporada do Ipatinga. Considero que estou no mesmo nível dos demais atletas do elenco no aspecto físico”, pontua Léo Mineiro, que tem sido utilizado como titular pelo técnico Reinaldo Lima nos coletivos e jogos-treinos do Tigre.



“Mudança para Betim não foi um erro”
Na avaliação de Léo Mineiro, o Ipatinga Futebol Clube não cometeu um erro de estratégia ao se transferir para a cidade de Betim, no início de 2013. Na região metropolitana da capital, o Tigre não conseguiu atrair patrocinadores, torcedores e bons resultados em campo, o que determinou seu retorno ao Vale do Aço.

“Não foi um erro do Ipatinga ter se mudado para Betim. São coisas do futebol, que hoje em dia é muito dinâmico. A transferência de clubes para outras cidades é algo comum”, comenta Léo Mineiro, que comemora o retorno do Tigre e a possibilidade de jogar em casa.

“A volta do Ipatinga foi muito importante. Parece que a cidade estava órfã. Como sou ipatinguense, senti isso. É muito bom estar perto de casa, perto da família. Por isso aceitei o convite do clube para jogar o Módulo II”, ressalta o volante.

fonte: http://www.jvaonline.com.br/ler_noticia.php?id=107895

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